O
ex-delegado foi condenado em novembro de 2010 pela prática dos crimes de
violação de sigilo funcional e fraude processual na Operação Satiagraha, que
apurou esquema de lavagem de dinheiro envolvendo o banco Opportunity.
Segundo
decisão divulgada pelo site Consultor Jurídico e confirmada pela assessoria da
Justiça Federal em São Paulo, o ex-delegado não deu início ao cumprimento da
pena de prestação de serviços à comunidade, mudou de endereço e não compareceu
à audiência. Por isso, a condenação foi convertida para pena privativa de
liberdade.
A juíza
responsável pelo caso também solicitou uma “difusão vermelha”, procedimento no
qual autoridades policiais internacionais são notificadas. O alerta foi emitido
porque Protógenes estaria na Suíça, diz o site.
A Folha não
conseguiu contato com a defesa do ex-deputado.
SATIAGRAHA
A operação
Satiagraha foi anulada porque a PF teria obtido interceptações telefônicas de
maneira ilegal. Protógenes acabou afastado das investigações.
Em outubro
de 2015, ele foi demitido do cargo de delegado federal pelo Ministério da
Justiça. Segundo a pasta, o ex-delegado utilizou-se “abusivamente da condição
de funcionário policial”, praticou “ato lesivo da honra ou do patrimônio da
pessoa, com abuso ou desvio de poder, ou sem competência legal”, submeteu
“pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou constrangimento não autorizado
em lei” e revelou “segredo do qual se apropriou em razão do cargo”.
O banqueiro
Daniel Dantas, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta -morto em 2009- e o
investidor Naji Nahas chegaram a ser presos em decorrência da operação, em
julho de 2008. Mais à frente, no entanto, a Satiagraha foi anulada porque a
Polícia Federal teria obtido interceptações telefônicas de maneira ilegal.
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