O candidato à prefeitura de Belo Horizonte (MG), Alexandre
Kalil (PHS) vota na Escola Estadual Milton Campos - 30/10/2016 (Alex de Jesus/O
Tempo/Folhapress)
O ex-presidente do Atlético-MG, Alexandre
Kalil (PHS), será o novo prefeito de Belo Horizonte. Neste domingo,
ele recebeu 53,3% dos votos válidos na capital mineira. O segundo colocado,
João Leite (PSDB), ficou com 46,7% dos votos.
O resultado é uma derrota para o senador Aécio Neves (PSDB),
padrinho político de Leite – a terceira do senador em sua terra natal. Aécio
perdeu em Minas Gerais a disputa para Presidência da República em 2014, ano em
que viu seu candidato ao governo, Pimenta da Veiga, ser derrotado pelo petista
Fernando Pimentel. O fiasco em mais esta campanha pode enfraquecer sua
nomeação como candidato tucano à Presidência da República em 2018. Enquanto
isso, seu principal oponente nessa disputa, o governador Geraldo Alckmin
(PSDB), fez de seu afilhado, o empresário João Doria, o primeiro prefeito
eleito em primeiro turno em São Paulo.
O “outsider político” Kalil chegou até aqui em
grande medida pela fama que conquistou como cartola. Sua figura era tão
conhecida na capital mineira que nem os míseros 20 segundos de que dispunha no
horário eleitoral e a ausência de um padrinho político o impediram de
alcançar o segundo turno.
Kalil sucederá Márcio Lacerda (PSB), que conclui seu
segundo mandato com 32% de aprovação dos belo-horizontinos, segundo pesquisa
IBOPE. O atual prefeito declarou apoio a João Leite no segundo turno.
A coligação de Kalil era formada por PHS, Rede (partido de
seu vice, Paulo Lamac) e PV.
Trajetória
Kalil foi presidente do Clube Atlético Mineiro entre 2008 e
2014. Nesse período, viu o time passar ao “andar de cima” do futebol
brasileiro, com a conquista da Libertadores, em 2013, e da Copa do Brasil, em
2014.
Mas também colecionou inimigos com declarações nada
lisonjeiras a times rivais (“[Ser cruzeirense] é igual a ser aleijado. Coitado,
não tem culpa, nasceu!”), juízes (chamou de “babaca” um magistrado federal que
bloqueou as contas do Galo) e a TV Globo (“A Globo está fragilizada porque a
audiência está indo para o c…”), entre outros.
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