Fabiano Teixeira (PMDB) é suspeito de fraudar o patrimônio público.
Ainda são cumpridas outras 4 ordens de prisão e 17 de busca e apreensão.
O prefeito
da cidade de Serrina, Fabiano Teixeira de Souza (PMDB), foi preso na manhã
desta terça-feira (13) durante uma operação coordenada pelo Ministério Público
do Estado. A suspeita é de fraudes ao patrimônio público. Por ter foro
privilegiado, o mandado foi expedido a pedido da Procuradoria Geral de Justiça.
Outros quatro mandados, expedidos a pedido da Comarca de Santo
Antônio, também estão sendo cumpridos juntamente com 17 ordens de busca e
apreensão. Serrinha fica
a 90 quilômetros de Natal.
Segundo o
MP, a operação Mal Secreto tem por objetivo desarticular um "esquema de
desvio e subtração de recursos públicos instalado na Prefeitura de
Serrinha". Foram expedidos mandados de prisão contra o prefeito Fabiano
Teixeira e mais 4 pessoas. A prisão do prefeito foi decretada por ordem do
desembargador Cornélio Alves, do Tribunal de Justiça do RN.
Ainda de
acordo com o MP, são investigados crimes de "peculato, falsificação de
documento público, lavagem de dinheiro e organização criminosa, entre
outros". Em nota, o MP diz que "estão documentados desvios de mais de
R$ 2 milhões podendo aumentar, pois contratos e pagamentos investigados chegam
a R$ 9.582.491,97".
Além do
prefeito, foram decretadas as prisões preventivas de Ewerton Luiz dos Santos
Sobrinho, José Olímpio Paiva Arruda, Gilvan Alves de Lima e Silvio Leônidas
Batista de Moura, por ordem do Juiz em exercício na Comarca de Santo Antônio,
Rafael Barros Tomaz do Nascimento, com fundamento na garantia da ordem pública
e conveniência da instrução criminal.
Na nota, o MP
diz que no curso das investigações, "apurou-se que o prefeito de Serrinha
simulou a contratação de diversas empresas, mediante montagem de inúmeros
procedimentos de dispensa de licitação, com a finalidade de legitimar o desvio
de recursos públicos dos cofres municipais".
"As
microfilmagens dos cheques e informações obtidas junto à instituição financeira
(Banco do Brasil) indicam que os cheques originais foram emitidos nominalmente
a pessoas estranhas à suposta relação contratual, incluindo servidores da prefeitura,
parentes e pessoas físicas e jurídicas ligadas ao prefeito, enquanto as cópias
eram preenchidas e inseridas nos processos de pagamento como se os cheques
tivessem por beneficiárias as empresas supostamente contratadas", diz a
nota.
O esquema montado
dentro da Prefeitura de Serrinha, ainda segundo o MP, tinha o comando do
prefeito e "tinha a finalidade de pagar despesas pessoais do chefe do
Executivo municipal, incluindo gastos de campanha e dívidas com agiotas, o que
era instrumentalizado através do fornecimento de notas fiscais 'frias'".
fonte : G1 RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário