quarta-feira, 14 de setembro de 2016

adolescente é espancado e estuprado por policiais civis no acre

“Me torturaram porque não quis desbloquear a minha senha”, diz menor violentado com barra de ferro.
Adolescente teve parte do intestino perfurado/Foto: cedida
Adolescente teve parte do intestino perfurado/Foto: cedida
Em entrevista a uma emissora de TV local, durante a manhã desta terça-feira (13), o adolescente C.A.O.J, 17 anos, afirmou que foi espancado e estuprado com uma barra de ferro por policiais civis da Divisão de Investigação Criminal (DIC) após negar a senha de acesso ao seu celular.
O adolescente afirmou que após ter sido retirado da sua casa, sendo que já havia sido agredido dentro da residência, foi levado a uma suposta delegacia onde teve uma barra de ferro enfiada no ânus após negar aos supostos policiais a senha que fornece acesso a fotos, conversas e contatos armazenados em seu telefone celular.
O menor, que passou por uma intervenção cirúrgica e precisará usar bolsas de coslostomia após ter parte do intestino perfurado, conforme comprova laudo médico, afirmou que foi muito espancado pelos supostos policiais que arrombaram a casa dele durante a madrugada do último dia 5.
A madrasta do menor confirmou a versão do adolescente e frisou que ele estava dormindo no momento em que a casa da família, localizada no Jardim Eldorado , foi invadida.
“Eles arrombaram a casa e tiraram ele de cima da cama e lá mesmo começaram a espancá-lo, depois, para nosso desespero, levaram ele de casa”, frisou.
A reportagem da Folha do Acre entrou em contato com o secretário de Polícia Civil, Carlos Flávio, que classificou como vil e repugnante as torturas praticadas contra o menor e salientou que os culpados serão punidos.
Carlos afirmou que se comprovada a participação de policiais no ato eles serão punidos exemplarmente podendo ser expulsos da instituição em que trabalham.
“É inaceitável um crime desses, chega a ser repugnante, assustador. Por enquanto não temos nada que comprove a participação de policiais, mas o caso será investigado de forma célere e se for comprovado eles serão punidos penalmente e administrativamente, podendo até ser expulsos da corporação”, salientou.
 folha do Acre 

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