Após a
primeira reunião do presidente interino Michel Temer com os seus ministros
ontem, três titulares de pastas concederam uma entrevista coletiva. Entre os
anúncios feitos por Eliseu Padilha (Casa Civil), Ricardo Barros (Saúde) e
Romero Jucá (Planejamento), está o de que o déficit fiscal provavelmente
será maior do que R$ 96 bilhões e terá que ser revisto.
“Nesse
déficit não estão previstos alguns pontos, como a contínua queda de arrecadação
e renegociação da dívida com Estados, que deverão impactar a dívida federal”,
disse Jucá. Segundo ele, o governo Dilma enviou ao Congresso um projeto de
revisão da meta, mas ele será reavaliado. “Deveremos aprovar essa nova meta na
próxima semana com as ressalvas para que o processo seja transparente e
clarificado. O governo tem que resgatar credibilidade”, disse.
Segundo
Padilha, a situação é emergencial e, por isso, terá que ter medidas drásticas.
“Nós vivemos a pior crise econômica da história e temos de ter medidas que
correspondam. Qualquer partido ou ideologia teria de tomar medidas, sob pena de
não pagar salários até o fim do ano”, disse o novo ministro do Planejamento.
Mudanças.
Jucá também falou sobre as reformas na Previdência. Sem dar detalhes sobre as
medidas que serão tomadas, ele garantiu que o governo não pretende diminuir a
remuneração de quem já está aposentado e elogiou a incorporação da Previdência
ao Ministério da Fazenda. “Foi dado um passo que considero importante, que foi
o posicionamento da Secretaria de Previdência no Ministério da Fazenda. Já se
tomou a decisão técnica da maior importância, que é construir algo
sustentável”, disse o titular.
O ministro
da Saúde, Ricardo Barros, disse que manterá o contrato com os médicos
estrangeiros, que vai até 2018, apresentou as prioridades da pasta, como o
combate ao mosquito Aedes aegypti, e disse que não conta com a recriação da
CPMF para aplacar uma dívida de R$ 14 bilhões da pasta em restos a pagar. “A
receita da CPMF não vai mais se realizar neste ano, nem sei se vai
posteriormente. Isso fica a cargo da Casa Civil”, concluiu .
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