sábado, 14 de novembro de 2015

monsenhor da igreja católica tem Luxo e drogas bancados pelos fiéis

Polícia italiana prende monsenhor acusado de desviar dinheiro de caridade para financiar viagens caríssimas, regadas a champanhe e ecstasy

Paula Rocha (paularocha@istoe.com.br)
A Igreja Católica está passando por um momento delicado. Depois do ruidoso lançamento, no início de novembro, de dois livros que expõem os bastidores da má administração financeira da instituição, “Via Crucis” e “Avareza”, outro escândalo abala o Vaticano. Na semana passada, a polícia italiana prendeu o monsenhor Pietro Vitorelli, que já foi o responsável pela abadia de Montecassino, na Itália, famosa por ter sido destruída durante a Segunda Guerra Mundial e depois reconstruída. Segundo a justiça do país, Vitorelli é suspeito de ter desviado durante cinco anos US$ 540 mil (R$ 2 milhões) de um fundo de caridade da Igreja. A soma, para espanto de seus antigos fiéis e de toda a comunidade católica, teria sido usada para bancar viagens regadas a champanhe e drogas, além de roupas de grife.
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PECADO
Acima, monsenhor Pietro Vitorelli celebra uma missa na abadia de Montecassino (abaixo)
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As provas do estilo de vida hedonista do padre estão nas faturas do cartão de crédito ligado a sua conta bancária. Um registro incluído no inquérito revela que o monsenhor gastou US$ 7 mil (R$ 26,3 mil) em um hotel em Londres, onde teria solicitado que champanhe e ostras fossem servidos em sua suíte. Na mesma viagem, o padre torrou US$ 740 (R$ 2,7 mil) em uma única refeição em um restaurante, e mais de US$ 1,8 mil (R$ 6,7 mil) em artigos de luxo da grife Ralph Loren. Mas o pior teria acontecido em uma viagem ao Rio de Janeiro, em 2010. De acordo com uma testemunha do caso, Vitorelli comprou com dinheiro vivo pílulas de ecstasy, que teria compartilhado com vários ‘amigos suspeitos’.
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Os crimes do monsenhor só foram descobertos em 2014, quando o Banco do Vaticano contratou uma organização para auditar suas contas. Os auditores descobriram as movimentações suspeitas e identificaram o rastro do dinheiro, revelando as fraudes, que aparentemente tiveram início em 2008. Há dois anos, Vitorelli abriu mão de seu posto na abadia de Montecassino alegando problemas de saúde e foi viver em Roma. A polícia descobriu que ele tinha quatro apartamentos na cidade, onde seus irmãos o ajudavam a lavar o dinheiro roubado dos fiéis. O papa Francisco não comentou o caso, mas uma frase dita por ele na semana passada em Florença poderia muito bem ser dirigida ao religioso ladrão: “Que Deus proteja a igreja italiana de qualquer forma de poder, imagem e dinheiro.”
Foto: Mazur/Catholic Church 
fonte istoé

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