O padre Krzysztof Charamsa e seu
companheiro, Eduard
O padre polonês que se revelou
gay no início deste mês, às vésperas
do Sínodo do Vaticano, revelou à
rede britânica BBC uma cópia da
carta de renúncia que entregou ao
papa Francisco.
Na carta, Krzysztof Charamsa acusa
a Igreja Católica de transformar a
vida de milhares de gays católicos
em um "inferno".
Diz ainda que a igreja é hipócrita ao
não permitir padres gays já que
clero é "cheio de homossexuais".
Charamsa fazia parte da
Congregação para a Doutrina da Fé,
quando fez sua revelação
bombástica, perdendo
imediatamente o cargo. Em uma
coletiva em um restaurante em
Roma, o monsenhor declarou que
era gay e que tinha um
companheiro.
O Vaticano afirmou que a declaração
do padre havia sido "irresponsável,
já que visava colocar pressão da
mídia sobre o Sínodo".
Além disso, Charamsa foi demitido
das duas universidades católicas em
que dava aulas, em Roma, e
suspenso das funções de padre pelo
bispado da Polônia. Com isso, não
poderá celebrar a Santa Missa,
administrar os sacramentos ou usar
a batina.
Segundo a BBC, o papa Francisco
ainda não respondeu à carta de
renúncia de Charamsa.
Esta não foi a primeira vez que o
polonês teceu críticas duras à Igreja
Católica depois de ter, como ele
disse, "saído do armário".
Em entrevista à BBC Brasil, ele
afirmou que a igreja é "homofóbica,
cheia de medo e de ódio". Na
ocasião, ele tornou público seu
"Manifesto de liberação gay", no
qual pede o fim da discriminação de
pessoas homossexuais por parte da
Igreja Católica. (Com agências
internacionais)
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
Igreja transforma vida de gays em "inferno", diz padre homossexual
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