BRASÍLIA —
Líderes da oposição na Câmara reagiram nesta terça-feira às novas revelações da
delação premiada do senador Delcídio Amaral e cobraram a exoneração do ministro
Aloizio Mercadante (Educação). Em gravação anexada ao acordo de delação,
Mercadante conversa com o José Eduardo Marzagão, assessor de Delcídio, oferece
ajuda financeira, política e jurídica em troca do silêncio do senador petista.
Para a oposição é uma clara tentativa de obstrução dos trabalhos da Justiça.
— Por esse
mesmo motivo o senador Delcídio foi preso. Se a presidente Dilma tivesse o
mínimo de dignidade, exoneraria o ministro imediatamente. Esse é um governo que
cada vez mais envergonha o país — disse o líder do PSDB na Câmara, Antonio
Imbassahy (BA)
O líder do
PPS, Rubens Bueno (PR) diz que o governo, em pânico, tenta se agarrar a
qualquer coisa para evitar a derrocada e a gravação mostra o desespero do
ministro e o uso irregular do cargo para tentar obstruir a investigação.
— O governo
entra em metástase, não tem mais para onde ir, está totalmente contaminado. O
ministro em desespero age assim. Isso é obstrução de Justiça, não tem o mínimo
sentido um ministro usar o cargo para proteger um criminoso como não tem
justificativa a indicação de Lula para ser ministro — disse Bueno.
A oposição
estava reunida para traçar os próximos passos na mobilização pró-impeachment. O
líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), avisou que na tarde de hoje as oposição
darão entrada em ações populares nos 26 estados e no Distrito Federal contra a
indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro. A oposição
também tem conversas com vários ministros do Supremo Tribunal Federal na tarde
de hoje sobre o rito do impeachment.
— Temos
discordância do fato da presidente Dilma nomear o Lula como seu ministro. É um
escárnio.
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