sábado, 12 de março de 2016

Convenção é ponto de partida do desembarque do PMDB do governo

  • 17.nov.2015 - Lideranças do PMDB participam de reunião do partido em Brasília
    17.nov.2015 - Lideranças do PMDB participam de reunião do partido em Brasília
Brasília - A convenção nacional de hoje será o ponto de partida do desembarque do PMDB do governo da presidente Dilma Rousseff, avaliam líderes da legenda. A cúpula da legenda decidiu que o processo de abandono deve durar um mês, até que o diretório nacional do partido se reúna para sacramentar o rompimento.
"Não vai ser definido amanhã (hoje) porque não está pautado. Vamos dar um passo adiante porque vamos submeter ao plenário uma proposta para decidir em 30 dias", afirmou Eliseu Padilha, ex-ministro do governo Dilma e um dos principais articuladores do PMDB.
A decisão de estabelecer esta espécie de "aviso prévio para o governo" envolveu uma série de reuniões com o vice-presidente da República, Michel Temer (SP), os presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), além do ex-presidente da República José Sarney (AP) - que deverá ser escolhido presidente de honra do partido.
Além de não estar na pauta oficial, peemedebistas dizem querer evitar o desgaste de anunciar o desembarque e, na próxima semana, receber mais um ministério: a Secretaria de Aviação Civil, prometida à bancada de Minas Gerais em troca de apoio à recondução de Leonardo Picciani (RJ) à liderança do partido na Câmara.
Os peemedebistas querem também ter a garantia de que o "divórcio" será aprovado, apesar de acreditarem que terão apoio da maioria do diretório nacional. O PMDB tem atualmente, além da Vice-Presidência, seis ministérios - Saúde, Ciência e Tecnologia, Minas e Energia, Agricultura, Turismo e Portos. Se o desembarque se confirmar, os ministros serão orientados a deixar as respectivas pastas.
A ala oposicionista acredita que os focos de resistência serão pontuais, pois a maioria aceitará abrir mão do cargo tendo em vista a perspectiva de que Temer assuma a Presidência, caso Dilma seja derrotada no processo de impeachment no Congresso. Ao longo dos próximos 30 dias, a orientação é não intervir no processo de decomposição do governo. Os parlamentares deverão ser oficialmente liberados para não votar de acordo com os interesses do Planalto.

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